Com objetivo de conscientizar a população sobre a importância do uso responsável de medicamentos, promover a educação em saúde, prevenir o uso inadequado de medicamentos, e reduzir os riscos associados à automedicação e ao uso incorreto de medicamentos, o Hospital Estadual Dr. Alberto Rassi – HGG promoveu uma palestra para pacientes e acompanhantes que aguardavam atendimento no Ambulatório de Medicina Avançada (AMA). A ação, alusiva ao Dia do Farmacêutico, foi realizada no dia 22 de janeiro. A palestra foi ministrada pelo gerente da Farmácia do HGG, André Cândido, e abordou não apenas os cuidados com os medicamentos, mas também a importância do armazenamento adequado.
André, explicou que a automedicação consiste no ato de tomar qualquer medicamento por conta própria, sem a orientação de um profissional adequado. "A automedicação é um assunto pouco divulgado, mas que ocorre com frequência em nossas casas e famílias. Todos temos uma caixinha de remédios em casa. Quem nunca tomou um medicamento indicado por um vizinho, colega ou até mesmo um membro da família? No entanto, essa prática pode acarretar diversos riscos, como alergias, intoxicação, interação medicamentosa, interação entre alimentos e medicamentos, que pode potencializar ou diminuir o efeito do medicamento, além do risco de mascarar sintomas que podem indicar uma doença mais grave", declarou o Farmacêutico André Cândido.
Intoxicação e reações alérgicas também são problemas que podem surgir no ato da automedicação, bem como dependência e até mesmo agravamento do quadro de saúde. "Com todos esses fatores, é necessário que a população compreenda a importância das orientações repassadas pelos profissionais quanto à utilização correta das medicações. Em caso de dúvida, procure sempre um médico ou um farmacêutico", finalizou André.
Evelyn de Souza, de 25 anos, que acompanhava a mãe em uma consulta, assistiu a palestra do início ao fim. Ela compartilhou que não conhecia os riscos da automedicação e que já comprou medicamentos em farmácia sem a consulta com um profissional. "Não é uma prática frequente, mas já comprei remédios sem a indicação ou receita médica. Normalmente para dores de cabeça. Conheço outras pessoas que se automedicam e sei que não é aconselhável, embora não conhecesse os riscos", contou.
A paciente Maria de Fátima Barbosa também destacou a importância do tema: "Achei o tema muito interessante. Vou tomar ainda mais cuidado com o armazenamento e a validade dos medicamentos, pois tomo vários remédios contínuos para pressão e arritmia. Tenho uma gaveta específica só para os remédios e sempre verifico as datas de validade", declarou ela.